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[Jornal + | 28/04/2012] Regresso a "casa"

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Neste ano e meio que já passou desde que me mudei para a Dinamarca, tenho visitado Portugal com alguma regularidade. Sensivelmente de três em três meses volto à terra, visito a família, revejo os amigos, sereno o coração, aqueço a alma e acalmo a saudade. Cresci numa família muito unida e muito presente na vida uns dos outros. A minha família paterna vive praticamente toda na porta ao lado e a materna, apesar de mais distanciada, ainda assim está a uns meros quilómetros que se fazem até a pé. Por isso, sempre tive contacto com todos eles. Via os meus tios, primos e avós, senão todos os dias, pelo menos uma vez por semana. E isso é seguramente uma das coisas de que mais sinto falta: estar perto. Perto dos que mais importam para mim. Sempre que volto a “casa” – e agora uso as aspas para me referir àquela em que cresci – tenho a sensação que deixei o meu quarto tal qual o encontro, apenas umas horas antes, naquela mesma manhã, como se nunca tivesse partido. É estranho. Mas é

[Jornal +] Quanto vale um sonho

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Nota introdutória: o Jornal + é um projecto de um conhecido meu dos tempos de escola e sobre o qual já escrevi noutra altura. Agora parece que comecei a escrever uma espécie de crónica para uma página do jornal intitulada "Correio Internacional". O Arménio Santos, editor do Jornal, apelidou-me simpaticamente de Cavaleiro da Dinamarca, nome esse também de uma obra infantil de Sophia de Mello Breyner Andresen. Segue-se então a transcrição do texto publicado na edição desta semana. A 3 de Outubro de 2010, com apenas 21 anos, estava eu a aterrar no aeroporto de Billund, o segundo maior da Dinamarca, prestes a começar a maior aventura da minha vida: ser adulto! É certo que, de acordo com a lei portuguesa, já o era desde 25 de Março de 2007, mas até então continuava a viver sob o tecto dos meus pais, tinha toda a minha família a viver literalmente à minha volta ou a pouquíssimos kilómetros de distância, permanecia livre de grandes responsabilidades, ocupava grande parte

Rachei a cabeça depois de "velho"...

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Tanto tempo se tem passado nestes últimos meses sem que nada de relevante aconteça ao ponto de eu querer (ou poder) partilhar aqui... Mas na última semana esta tendência foi completamente revertida. No entanto, só agora tive um tempinho para vir aqui escrever. Desta vez, e para me obrigar a passar menos tempo no computador durante estas ferias, deixei-o em casa e viajei apenas com o iPad. É dele mesmo que vos escrevo neste momento  (entretanto passei para o portátil da minha mãe, porque não estava a conseguir formatar o texto no iPad). Pois bem, començando então o relato dos acontecimentos pelo principio... Rachei a cabeça pela primeira vez depois de "velho"! Ora, é mesmo verdade! No dia 27 de Março, recebi a primeira fornada de móveis enviados pelo meu pai. Já estou a viver no meu apartamento sozinho há quase meio ano, mas vocês também devem conhecer o dito: "casa de ferreiro, espeto de pau"... E até para mim isso se verificou! Mas pronto, pelo men